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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Um ser livre para ser



Este blog nasceu no meu coração como uma tentativa de exprimir em forma de letras, figuras, vídeos e etc, aquilo que o meu coração tanto deseja. – A liberdade de apenas ser Eu. 

Eu, um ser que pensa, e que muitas vezes pensa diferente dos demais. 
Eu, um ser que sonha, e que nem sempre são os mesmos sonhos do coletivo comum. 
Eu, um ser que ama, e que nem sempre ama da mesma forma que os demais. 
Eu, um ser que crer, e que muitas vezes crer diferente das outras pessoas. 

Pois creio que sou homem, e como tal, um grande e miserável pecador. 

Um ser que é extremamente compulsivo e rápido em errar, mas muito lento em reconhecer os seus erros. 

Um ser único em seu modo de vê, e de se relacionar com este mundo caído que se encontra ao meu redor. 

Um ser fadado à condenação do seu próprio pecado. 

Desventurado homem que sou! – (Rm 7.24) 

Mas creio também, num Deus que é muito maior do que o meu pecado. Pois sei que, onde abundou o pecado, superabundou à graça de Deus. (Rm 5.20) 

Por isso, creio num Deus que me ama imensamente e, incondicionalmente, e isto quer dizer, que o seu amor para comigo é imensurável, que não dá pra ser medido, pois vai muito mais além do que eu sou, ou do que eu faço. 

Eu creio num Deus que movido por este eterno amor, e por uma tão grande benignidade, me atraiu para si (Jr 31.3) para carregar o meu pesado fardo, e deixar sobre mim o seu jugo que é leve e suave. (Mt 11.28-30) Me tornando assim, um ser livre de todo e qualquer tipo de escravidão. 

Eu creio num Deus que veio ao meu encontro, mesmo sendo eu, um indigente que habitava os antros e vielas deste mundo, e que me vestiu com as vestes nupciais da justiça divina, e me fez sentar a sua mesa, para junto celebrar a grandeza da bondade do Senhor. (Mt 22.1-14) 

Eu creio num Deus que providenciou para mim, uma tão grande salvação. Que não tem nenhum mérito humano, pois não vem de nós, mas é tão somente dom de Deus. (Ef 2.8) E por isso não depende do que eu faço ou deixo de fazer, mas daquilo que ele fez por mim, através de seu Filho. (2 Tm 1.9) 

Eu Creio num Deus que não se surpreende com minha incapacidade de acertar, e nem tampouco, fica chocado com os meus erros, pois já sabia mesmo antes de eu cometê-los, ou melhor, já sabia mesmo antes de eu ter nascido, e mesmo sabendo deles me escolheu para ser alvo do seu perdão e do seu amor. (Sl 139.16) 

Eu Creio num Deus que é muito maior do que a minha finitude de saber e de compreender, e por isso me permite crescer e aprender dele e nele, me fazendo trilhar um caminho de amadurecimento, que segue de fé em fé, rumo ao aperfeiçoamento. Um caminho que, semelhante à luz da aurora, vai crescendo e brilhando, mais e mais, até ser dia perfeito. (Pv 4.18) 

Eu creio num Deus que vê e conhece o meu coração e não apenas o meu exterior, por isso não se impressiona, nem se choca com o meu corte de cabelo, ou o tipo de roupa que visto (Mc 12.14 / 1 Sm 16.7), muito menos com o modo como ando e falo, porque é maior do que todas estas coisas, e está mais interessado em como está o meu coração, pois sabe que é de lá, onde todas as coisas tem sua origem, sejam elas boas ou más. (Pv 4.23 / Mt 15.19) 

Eu creio num Deus que me faz ser Igreja, e não apenas estar nela. Pois estou certo de que não adianta apenas “fazer parte de”, mas de “estar em” Cristo. Desta forma, o essencial não é ter seu nome escrito no rol de membros de uma instituição, nem frequentar assiduamente suas reuniões e cultos, muito menos em fazer parte do grupo ou departamento tal, mas tão somente em viver dele, por ele, e para ele. (Rm 11.36) 

Eu creio num Deus que me chamou para ser seu discípulo, e a semelhança de Pedro, João, Mateus e tantos outros. Convidou-me a abandonar tudo e segui-lo. Mas este “segui-lo” não está limitado a uma forma, a um lugar, ou a um simples modo de se vestir e de se comportar. Mas pelo contrário, é um convite para andar como ele andou, seguindo os seus passos de bondade e amor para com todos os homens. (At 10.38 / 1 Jo 2.6) 

Eu creio num Deus que não me pediu, nem me pede nada em troca do seu favor, pois de nada necessita (At 17.24, 25), e por isso não aceita barganha, nem suborno pela sua benção, mas deseja que eu simplesmente vivesse a vida que ele me deu, com gratidão e alegria, da melhor maneira possível. 

Eu creio num Deus que pagou um preço caro pela minha redenção. Um preço de sangue, para pagar uma dívida que jamais eu poderia pagar (Cl 2.14), para que eu pudesse olhar para o meu irmão com um olhar de graça e de misericórdia, e que pudesse ver nele apenas um “semelhante”, que como eu, não tinha, e nem tem, como pagar a sua dívida. (Mt 18.23-30) 

Eu creio num Deus que me escolheu e me chamou com um propósito, e para uma missão: Ser sal e luz. (Mt 5.13-16) Ou seja, para transformar e dar sabor a vida. Não apenas a minha vida, mas a de todos aqueles que estão ao meu redor. E também, para brilhar em meio às trevas em que o mundo se encontra. E tudo isto para que, através das minhas boas obras o mundo possa ver Jesus, e glorificar a Deus por sua tão grande salvação. 

Eu creio num Deus que me sustenta com sua potente mão, e me conduz à eternidade, tendo a certeza de que nada, nem ninguém, podem arrebatar-me destas mãos. Pois sei que esta tão grande salvação não depende daquilo que eu faço ou o que eu deixo de fazer, mas sim daquilo que ele, o meu salvador fez por mim. E por isso me convida a viver neste mundo como peregrino, que não está preso a nada e cujo os olhos, estão fitos no porvir. (1 Co 15.19) 

Enfim, eu creio num Deus que é Senhor da vida e da história, e por isso não se permite ser monopolizado, confinado, ou compartimentalizado, pois não está limitado a nada, nem a ninguém, e por isso me convida a vê-lo como de fato ele o é – DEUS. O ser único, que age e interage com a sua criação quando quer, e como quer, pois não está preso a “formas” nem a “tipos”. 

E este Deus incontível. Pela sua multiforme graça. Segundo o seu eterno propósito. 
De uma maneira assombrosamente e, maravilhosamente, me fez ser EU. 

Um ser único. Com plena liberdade de ser simplesmente EU. Com minhas deficiências, paralisias, e limitações, mas com a certeza de ser amado por aquele que me criou do jeito que sou, e me escolheu para ser dele apesar de ser do jeito que sou. 

Um ser livre para ser. 

“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou.” (1 Co 15.10) 

Em Cristo, 
Aquele que nos criou, e nos chamou para sermos dele, mesmo sendo como somos.

Seu amigo na Web
Gilson C.

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